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Habeas Almas

sábado, 4 de julho de 2009

Hoje mais uma Festa da Turma

É isso aí gurizada medonha... Hoje vai rolar mais uma grande festa da nossa turma de amigos. Vai ser no CSSSGAPA em Canoas próximo a Base Aérea.
Infelizmente não tive tempo para organizar nenhum showzinho desta vez. Mas na próxima prometo que deverá rolar algum som.
Tenho andado extremamente atarefado no trabalho e não tem sobrado tempo nenhum para dedicar a música.
O ingresso da festa custará 20 reais e pode ser acertado na hora com o Nando.
É isso aí galera, todos lá e depois eu posto aqui as fotos e os detalhes da festa.
Boa Festa a todos.... Valeu

segunda-feira, 16 de março de 2009

Rock Canoense dos Anos 80

Sexta-feira passada (13/03/09) tivemos mais uma confraternização da nossa turma com futebol e churrasco na quadra do Valdir. Depois de uma partida disputadíssima, em meu time perdeu por 5 X 4 saboreamos o tradicional churrasco assado pelo Ximba.

Show de bola, encontrar os amigos, tomar umas geladas, contar e ouvir piadas,   tocar  os velhos (e novos) sons no violão, ouvir o Belcino tocar suas músicas, realmente tudo isso não tem preço.

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No sábado encontrei o Nando, Nato, Rafael e Emílio no Bar do Amadeo. Mais uma rodada de cerveja e a boa conversa sobre futebol, amenidades e os problemas do universo.

Um pouco mais tarde chegou o Duda. Camarada ‘das antigas’, ex-vocalista da banda Anhanguera (ou seria Mandrágora). Pois foram algumas horas regadas a cerveja e história divertidíssimas lembradas com precisão pelo Duda.

 

A essas alturas estávamos apenas Eu, Nato, Duda e Rafael. Como é bom reviver, rememorar toda aquela magia que envolveu os anos 80 em Canoas. A explosão de bandas que culminou com o nosso Woodstock no parque capão do Corvo. Duas edições de uma amostra cultural que na segundo evento chegou a reunir cerca de 10 mil pessoas, segundo os jornais da época.

O Duda relembrava tudo com direito a datas e detalhes que eu e o Nato já havíamos esquecido. O Rafael é da ‘Nova Geração’  (parece coisa de Star Trek) mas também se divertiu com toda essa riqueza de acontecimentos que vivenciamos nos anos 80. E que memória do Duda, uma enciclopédia ambulante do rock de Canoas.

 

Impossível esquecer algumas passagens da história do rock Canoense da década de 80. Como o dia em que num show na rua primeiro de maio em Niterói, em que a chuva forçou a todos (músicos e platéia) a debandarem do local indo se abrigar embaixo de marquises ali por perto. Mas o Duda no vocal e o Paulinho na bateria não se entregaram. Continuaram no palco interpretando se não me engano “Child in Time” do Deep Purple , numa versão realmente acústica pois os microfones já estavam desligados. E o Duda todo molhado no palco mandando ver no Ian Gillan.  O Paulinho tocava protegido da chuva pela cabeleira armada que ostentava na época. Sensacional.

 

Outro momento mágico relembrado pelo Duda foi  o show de bandas que ocorreu em 1984 no Colégio Carlos Chagas. Desse show, quando eu tocava com o Apocalipse, eu lembro apenas fragmentos tendo em vista que o litro de Batida de Coco que compartilhei com o resto da banda antes do show me impediram de armazenar todos os bytes relacionados ao evento. Lembro de relance que lá pelo fim do show saltei do palco e andei no meio do público tocando guitarra sem ao menos me importar quantos metros de cabo eu tinha de folga prá me movimentar. Foi nesse show que ‘roubaram’ um pedal Sound do Jairinho (hehehe).

A folclórica história de que o Jairinho trocou um pedal de guitarra por um tênis foi mais uma vez citada, desta vez pelo Duda. Diante de mais essa confirmação eu não tenho mais dúvida: Realmente aconteceu apesar do Jairo negar até hoje.

Lembramos de figuras carismáticas como o Antônio Gomes, Sérgio Gomes (o Duda lembrou de quando o Sérgio comprou o seu primeiro teclado , um Korg Poly 800 e que tocaram juntos nesta época). Lembramos do saudoso guitarrista André da banda Exílio. Lembro com nitidez do André mandando ver na guitarra, muitas vezes ‘prá lá de Marrakesch”  mas sem perder a técnica.

Foram citadas outras figuras ilustres como o guitarrista Marcelo Santos (que já tocou com Deus e todo o mundo),  o nosso amigo Chimia e sua performance incomparável de “Bete Balanço”. Lembramos da banda “Crise” que tinha Veveto, Gérson e Leandro Inox. Os caras faziam um som pesado muito legal. Na época o guitarrista Gérson já inovava na guitarra tirando timbres e riffs que me incitavam a ir atrás e descobrir como ele conseguia tirar aquela sonzeira.

 

Veio à memória as bandas experimentais Sem Tempo (com o baixista Marco Meira e o guitarrista Rogério, por onde andarão?). Mais tarde acho que eles formaram a Jazzida.  Tenho um cartaz antológico que anuncia um show triplo de “Crise”, “Apocalipse” e “Sem Tempo”. Prometo postá-lo aqui em breve.

Recordamos o magnífico som da banda Ato de Criação que tinha Sergio Gomes(teclados), Costa Lima(baixo), Geraldo Dutra (batera), Grande, Dinho entre outros. Os caras faziam algumas coisas experimentais de muito bom gosto. O vinil “Ato de Criação” hoje é uma raridade. Um dia ainda vou vender o meu em algum leilão milionário.

Relembramos também o Caldo de Cana com Vilsinho no vocal, A Contrabanda do Porongo que fazia uns acústicos sensacionais numa época em que nem se falava em Unplugged. A Além da terra do Pedrão na batera e Cia. Que som maluco os caras faziam, e que saudade de ouvir aquelas músicas.  Tinha também A Mandrágora, do Jairinho, A Manga Rosa.

Num tempo em que se fazia música com sentimento verdadeiro. Sem formulismos e nem comprometimentos mercadológicos, comerciais. Eram música visceral, autêntica, digna, verdadeira.

Lembramos do grande amigo o batera Maurício que tocou com muitos dos músicos citados aqui, inclusive tocou comigo e o Jorginho no saudoso  Terrasse Itália. O Maurício batera nos proporcionou uma festa incrível na sua casa há alguns anos. Foi a reunião dos Dinossauros do Rock de Canoas. Estavam muitas dessas figuraças aqui citadas neste evento.  Rolou Jam prá tudo quando é lado.

Muita a pretensão a minha querer resumir todos aqueles anos em algumas linhas aqui sem cometer injustiça de não citar um ou outro personagem importante daquela época.

Mas prometo retomar essas lembranças em próximos posts. Quem tiver material, fotos, cartazes. Escaneia e me manda que publico aqui.

 Encerramos a noite de sábado nos despedindo e combinando de nos encontrar (como sempre) ali no Bar do Amadeo (Fioravante esquina Vítor Barreto, centro de Canoas) num sábado qualquer para repartirmos boas recordações sobre os velhos tempos do rock canoense.

 

 

 

domingo, 8 de março de 2009

Tchau Zé

A correria de trabalho que estou vivendo ultimamente atrasou a postagem deste triste post.
Esta semana faleceu nosso amigo José Ângelo, o Zé Bolt. Amigo de longa data, nos deixou subitamente ao que tudo indica de infarto.
Conheci o Zé no Colégio São Paulo, acho que já no primeiro ano que passei a estudar naquele colégio, na 5ª série em 1977.
Neste nosso blog da turma cito o Zé Bolt em vários posts pois ele foi um dos primeiros integrantes da nossa turma de amigos.
O Zé estudou comigo durante vários anos, e sempre foi um dos mais recatados da turma. Ficava na dele quando bagunçávamos as aulas de arte da antipática irmã Sílvia. Lembro nitidamente de um dia, lá pela sétima série do ginásio, em que a tal freira se atrasou numa de suas aulas.
Quando ela chegou a sala parecia ter sido alvo de um furacão. Era papel prá todo lado, tinham arrancado os espelhos da tomadas de luz e até invertido a gaveta da mesa dela.
O Vládi ainda puxando o blusão, tentava se soltar da janela em que estava preso. O ápice do motim foi quando alguém enfiou uma lixeira plástica na cabeça de um CDF da sala.

Lembro do Zé quieto, na dele. Apesar de ser nosso amigo, não participou daquela 'revolução' que felizmente não teve maiores consequências.
Em seguida me vêm a lembrança das piscinas do clube Grêmio Niterói. O indispensável calção Lightining Bolt que lhe deu o apelido, e aquele jeito peculiar do magrão de rir.

São lembranças esparsas que vem direto da adolescência pois infelizmente fazia anos que eu não tinha contato com o Zé.

Quando recebi o e-mail com a notícia nesta semana percebi o quanto somos frágeis, o quanto o tempo já passou desde aqueles verdes anos em que a velhice e a morte eram utopias distantes de nossa realidade.

É meus amigos, o tempo é implacável e vai recolhendo-nos durante sua trajetória prá quem sabe um dia nos colocar de novo próximos outra vez.

Gostaria de citar aqui algumas manifestações que circularam por email, relacionadas a morte do amigo Zé Bolt:

"Galera, realmente muito lamentável o fato, principalmente por eu ter estudado com o Zé nas primeiras séries no colégio São Paulo e depois nos reencontrarmos na adolescência fazendo parte da nossa turma. Curiosamente estava neste fim de semana na praia, e num daqueles momentos em que nossa mente insiste em voltar ao passado lembrei dele, me questionando onde andaria, e sempre que me lembro do Zé inevitavelmente me lembro de uma história que o Nenê contava, quando uma vez foram perseguidos (...), o Zé estava pilotando sua moto com o Nenê na carona e toda vez que iam entrar em uma rua para despistar ele corretamente ligava o pisca, indicando para onde iriam, história que nos rendeu por várias vezes muitas e boas risadas."
Daison


"Galera é com grande emoção que recebi esta notícia ontem através de e-mail pela Rosângela. Conheci o Zé Bolt em 1977 quando éramos colegas de aula juntamente com o Daniel. Desde então éramos parceiros de várias modalidades de esportes: Bike (caloi 10) éaramos eu e ele que montávamos nossas próprias bikes e skates (speedo) e na época o Marinha estava sendo inaugurado ou reformado não lembro ao certo, mas quem estava lá éra sempre eu e ele... gritando Snakeee e saiam da frente.
O apelido Zé Bolt pegou porque nós usávamos os velhos shorts da Lighting Bolt e curtíamos a piscina do Nit (bons tempos). A Rosana, Cleusa, Cátia, Angela, Tânia e a Rosangela (se não me engano também) faziam parte da turma, os marmanjos eram eu (Vladi) o José Ângelo (Zé Bolt - ele e o Pedro são meus primos segundo grau), Daniel, Joni, Miltinho, Paulinho, Rubens e claro os mano Nenê,Toninho que na época éram os bambas de moto (o Nenê e o Toninho nos deram um susto - sofreram um acidente feio de moto) e o Nato...
...Que Deus nos abençoe e que nosso amigo esteja em paz juntamente com outros que já nos deixaram prematuramente em especial o Nenê."
Vládi


"Puxa amigos,infelizmente é com muita tristeza que venho a todos neste momento.Como disse o Daniel, eu também há muitos anos não tinha mais contato com o Zé, mas era um grande amigo e parceiro de todas nos áureos tempos das noitadas (bons tempos) em Niterói. Sabemos que esse destino esta traçado para todos nós, mais é chocante quando acontece com um amigo, e principalmente de tão pouca idade como era o Zé, que ainda tinha muita coisa por fazer.Meus sentimentos a todos amigos e familiares."
Arlei (Boca)

"Transmitam a família os meus mais profundos pesames.
Nestas horas a gente não tem muito o que dizer, apenas desejar que Deus acolha de braços abertos a chegada deste irmão. "
Nando



"Fui vizinho do Zé na Júlio, inclusive aquele skate speedo acabei ficando com ele em troca de uma bola de basquete.
A última vez que falei com o Zé estávamos fazendo a academia Mappi, faz uns 4 ou 5 anos isto.
Partem os amigos e ficam as lembranças."

Marcão


Que Deus ilumine o espírito de nosso amigo e conforte seus familiares.

Zé, já estamos com saudades, fica com Deus. Dá um abraço no Nenê e no Maribinha quando chegar aí em cima...

Daniel Elói P Oliveira